Resolver a remoção de programas em /var/lib/dpkg/info

De vez em quando há pacotes que ficam mal instalados! É verdade, por mais que se seja cuidadoso há sempre alguma coisa que rebenta.

Ainda por cima normalmente acontece que não se consegue a partir daí instalar ou remover o que seja enquanto esse problema não for resolvido.

Muitas vezes acontece algo do género:

dpkg: error processing NOME DO PACOTE (--remove):
subprocess post-removal script returned error exit status 1

Ora isto quer dizer que por algum motivo o script que devia correr após a remoção do pacote está meio marado... um truque é dar uma vista de olhos à pasta

/var/lib/dpkg/info

que contem os scripts de pre/pós-instalação e pre/pós-remoção dos pacotes. As extensões dos mesmos dão uma ideia.

Ora se lermos com atenção os logs do aptitude podemos ver qual o problema em causa. Por vezes acontece que tudo foi removido e é só o script de pós-instalação que está a dar um erro. Para ultrapassar este problema uma solução pode passar por acrescentar logo na segunda linha do script manhoso o seguinte:

exit 0

Desta forma estamos a fazer o exit sem erros antes que qualquer coisa corra mal. Isto pode deixar algum lixo instalado, mas pelo menos pode ajudar a resolver algum problema de instaladores que não funcionam.... tal como no caso do nginx que não queria ser apagado...

Netbooks: Evite o Windows! Diz o The Economist

O título diz tudo...

E embora não seja sobre linux o artigo que compara os diversos netbooks disponíveis, acaba por dizer que os aparelhos são muito capazes de trabalhar e que devem ser utilizados com linux em vez de Windows, uma vez que o OS da MS é caro e exige mais recursos dos pequenos portáteis e que efectivamente é com linux que eles se dão melhor.

Ainda as definições de proxy

Este tema já aqui foi apresentado várias vezes, mas mesmo assim este fim-de-semana andei às voltas com as definições de proxy, principalmente no que diz respeito às actualizações.

Para quem se liga à net através de um proxy, por vezes surgem dificuldades em conseguir fazer actualizações ao sistema. O meu problema foi exactamente o inverso. Estava em casa, sem proxy, e sempre que tentava utilizar o synaptic (ou na linha de comandos o apt) recebia uma mensagem de erro de proxy não encontrado. O meu PC estava com as configurações de proxy do minha universidade. Tentei as opções mais óbvias: no synaptic fui a Settings>Preferences>Network e seleccionei a opção "Direct connection to the internet". O resultado continuava o mesmo; sempre a queixar-se do proxy. Então, e como referido pelo David à algum tempo atrás aqui no Linux-facil, fui à linha de comando e escrevi

export http_proxy=

Sim, só assim, uma vez que o que eu queria era uma ligação à internet sem proxy. Mas no entanto nada funcionava. Até que tive uma daquelas ideias brilhantes, tipo lógica da batata: se o sistema está à procura de um proxy, estas definições tem que estar escritas em algum lado. Comecei por procurar no meu sistema qualquer ficheiro que tivesse escrito o nome do proxy que ele estava à procura (no meu caso proxy.uminho.pt). Fiz esta pesquisa utilizando a ferramenta de busca do Gnome (Places>Search for files...>Select more options>Contains the text). O que encontrei fez-me lembrar que muitas vezes as respostas para os nosso problemas se encontram nos sítios mais óbvios. Havia um ficheiro apt.conf (localizado em /etc/apt/) que tinha a definição de proxy, que por alguma razão não estava a ser modificada através da GUI do synaptic. Apaguei a referencia ao proxy e tudo está a funcionar bem. Agora estou de volta à ligação com proxy, alterei as definições de proxy através da interface do Gnome (System>Preferences>Network Proxy) e está tudo a funcionar bem.

Depois do problema resolvido pus-me a pensar no que terá causado este problema. Muito provavelmente terá sido o facto de eu ter instalado o Ubuntu no meu portátil enquanto estava ligado à net através do proxy. No processo de instalação configurei a ligação à net com o proxy para puder instalar directamente as versões mais actuais de cada pacote, e essa configuração ficou "colada" ao meu synaptic naquele bendito ficheiro apt.conf.

Todos os computadores com linux vermelho

Ele há notícias que parecem boas, mas no entanto são más. A China parece estar a obrigar os cybercafés a adoptar Linux. Até aqui podia ser uma boa notícia, no entanto tem surgido a suspeita que a distribuição que está a ser instalada, a Red Flag Linux poderá de alguma forma ajudar a que o governo Chinês controle as actividades dos internautas. Ora aqui é que a notícia perde a piada.

Wicd Network Manager no Eee PC

O problema não é do EeePC, nada disso. A meu ver o problema com o acesso Wi-fi tem mesmo a ver com o network manager do Gnome/Ubuntu. Aquilo tenta esconder de tal forma o que se passa por detrás do sistema que tentar aceder a uma rede WPA2 com ESSID escondido é um problema de tentativa e erro.

Por isso decidi trocar o network manager por algo diferente. O wicd é um substituto que finalmente parece saber o que faz. Desde a interface simples mas não simplista, à velocidade com que ele estabelece a ligação e à manutenção de múltiplos perfis mete a um canto o network-manager.

Um dos problemas com Linux é mesmo ser capaz de adequar informação necessária com simplicidade. Por vezes há aplicações que são simplistas e não dão informação suficiente, mesmo para um utilizador inexperiente, enquanto outras pecam por excesso. O Wicd está exactamente naquele ponto de perfeição, senão mesmo melhor que os do Mac ou Windows. Por mim devia passar a ser o gestor de rede por defeito em qualquer Linux. Não há muita paciência para a cada 6 meses ver o network-manager com os mesmos problemas. O Wicd é um "Life saver" que aconselho vivamente... e o meu Eee PC passou a funcionar muito melhor.

WPA no EeePc

Se bem que funciona, ainda não consegui que funcionasse tão bem como noutros sistemas operativos. Primeiro, a velocidade de "aquisição" e "autenticação" é lenta. Demora uns 30 segundos quando devia ser algo para 2 ou 3 segundos. Por outro lado as tentativas para aceder a uma rede onde o SSID está escondido tem resultado frustradas e quando me quero ligar com o EeePC em casa acabo por ter que expor o meu SSID. Alguém tem conseguido colocar o EeePC com WPA a funcionar sem que seja preciso expor a SSID da rede?

Linux From Scratch 6.4

Nunca fiz um LFS... Bem, comecei um uma vez mas não cheguei ao fim, pelo que não conta. No entanto estou tentado a tentar um de raiz por curiosidade e para aprender mais algumas coisas das entranhas do sistema operativo. Agora saiu a versão 6.4 pelo que talvez um dos meus objectivos para 2009 seja o de finalmente arranjar algum tempo para fazer um Linux From Scratch numa das minhas máquinas. A ver se o tempo ajuda. (Isto quase que podia ser uma decisão de ano novo, não faltasse mais de um ano para lá chegar)

Ubuntu 9.04 Alfa já disponível...

Testo ou não testo? testo ou não testo?

De momento não tenho tempo para andar a brincar com o Alfa, mas quem tiver um tempinho para o experimentar pode fazer download da versão Alternate para instalar o Jaunty Jackalope

update: claro que não era o 8.04... mas o 9.04...

Silverlight a caminho do Linux...

Alguma coisa está mal no reino do Linux... quando a Microsoft decidir entrar em força no Desktop Linux, não como fornecedor de OS, mas como fornecedor doutros plugins e gadgets... vai ser a carga dos trabalhos para continuar a explicar às pessoas porque é que o software livre é importante e explicar que o linux não é só um software gratuito alternativo.

Os netbooks estão a dar dores de cabeça à Microsoft

Foram hoje publicadas duas notícias que dão conta que do estado de graça em que os Netbooks equipados com Linux tem:

Uma envolve os consumidores australianos que pelos vistos preferem linux nos netbooks a uma taxa de 30%...

A outra refere que os netbooks, juntamente com a subida de "share" da Canonical, a empresa mãe do Ubuntu estão a afectar o negócio da Microsoft que assim tem neste segmento mais do que terreno aberto para desbravar.

Adicionar e remover programas em Linux

Os sistemas de gestão de programas são uma chatice porque são diferentes conforme o SO de base. Temos por exemplo o apt-get nos debians, o yum nos fedoras ou zypp nos SuSE. Isto complica a vida de quem tem que mudar de sistema e não tem que naturalmente conhecer as entranhas do sistema vizinho.

a Distrowatch desta semana fez uma tabela com as diversas ferramentas de actualização de sistemas operativos o que facilita a vida a quem estiver a experimentar outras alternativas. Está organizada por Sistemas Operativos, sistema de actualização e tarefa e é muito prática para ter sempre por perto.

Como fazer boot de uma pen-drive

Há uns tempos atrás o David descreveu aqui como instalar Ubuntu no Asus EeePc a partir de uma pendrive. Mas com o advento dos netbooks torna-se importante saber como se pode instalar qualquer OS linux em máquinas que não têm leitor de CD.

Para fazer boot de uma pendrive são necessárias duas coisas: ter instalado na pendrive um bootloader e um sistema operativo. Um sistema operativo é fácil de arranjar, uma vez que quase todas as distribuições Linux têm uma versão LiveCD. O bootloader também é muito fácil de arranjar. O menos óbvio é a disposição de toda esta informação dentro da pendrive. Mas mesmo isso tem uma solução fácil.

A equipa que desenvolveu o Ubuntu-eee desenvolveu uma aplicação para fazer esta organização da informação e respectiva instalação do bootloader. Mas essa aplicação não é mais que uma adaptação da aplicação Unetbootin, que permite criar uma pendrive de arranque e instalação de muitos sistemas Linux a partir de ficheiros iso, disponíveis nos sites das respectivas distribuições.

O processo é bastante simples.
Primeiro há que fazer download da aplicação Unetbootin, disponível para plataformas Windows ou Linux. Para o Mac OSX parece-me que esta aplicação ainda não se encontra disponível.
O segundo passo é seleccionar qual a distribuição Linux que quer instalar. O Unetbootin está configurado para trabalhar com uma variedade de distribuições, mas que mesmo assim não engloba todas as existentes. Ao correr o programa é possível percorrer a lista para verificar quais as que estão disponíveis. No site do Unetbootin também é possível aceder a esta informação, bem como às instruções que eu estou agora a descrever.
Escolhida a distribuição o programa vai fazer o download da informação necessária, sendo por isso necessário estar ligado à net. Se preferir, ou se já tiver efectuado o download do ficheiro iso da distribuição que pretende instalar, pode utilizar esse ficheiro.
O último passo é apenas deixar que o Unetbootin cumpra a sua função. O programa vai copiar para a pendrive tudo o que necessita, instalar a bootloader, e por fim, quando re-iniciar o seu computador, este vai arrancar da pendrive e poderá instalar o sistema operativo que escolheu.

A capacidade da pendrive vai depender da distribuição que pretende instalar. Por exemplo, se pretende instalar Damn Small Linux apenas será necessário 50 MB. Mas para a maioria das distribuições será necessário uma pendrive de pelo menos 1GB. Depois de ter efectuado esta operação, e se a capacidade da sua pendrive o permitir, poderá continuar a utiliza-le de uma forma normal, sem ter que remover informação alguma. Desta forma, e se tiver optado por uma distribuição que o permita, como por exemplo Ubuntu, terá sempre consigo uma LiveUSB, sendo desta forma possível trabalhar num ambiente Linux em qualquer computador sem ter que instalar nada.

Podcasts sobre Linux...

Este ano terminou talvez um dos melhores podcasts, o LugRadio. Ainda por cima era sobre linux, o que me deixa muito agradado.

Entretanto olhando para a minha lista de subscrições estava na altura de voltar a ter um podcast sobre linux no iTunes. Decidi experimentar o Ubuntu UK Podcast durante uns tempos... é bom? Conhecem? Vale a pena?

Se conhecem outros podcasts sobre o mundo open source e linux, o que me aconselham a ouvir? Deixem as sugestões nos comentários.

Como remover o nginx com o apt-get

O nginx é um servidor Web muito prático quando se tem servidores virtuais com pouco memória. Felizmente pode ser instalado facilmente e sua configuração é muito simples. Contudo tem um problema. Quando precisamos de algum módulo que só existe com o Apache...

O problema é que remover o nginx parece ser algo complicado uma vez que o script de paragem não está a funcionar muito bem no Ubuntu...

Assim o truque passa por acrescentar

exit 0

na segunda linha do ficheiro

/etc/init.d/nginx

e depois fazer o costumeiro

sudo apt-get remove nginx -yf

Deve ser suficiente para ver a pestezinha do servidor web fora do servidor.

EeePC, 3 meses depois...

Depois de ter comprado o meu EeePC há 3 meses o que posso dizer dele hoje em dia?

Está a ser utilizado basicamente como cliente/servidor de Bittorrent utilizando um disco externo USB para o armazenamento dos torrents.

Fica ligado dia e noite, onde o seu baixo consumo e quase nenhum ruído fazem dele um campeão.

Instalei um Ubuntu normal ao qual fiz apenas os Tweeks.

Ao fim de 3 meses posso dizer que o estou a aproveitar a 50% daquilo que esperava, mas infelizmente não tenho muito tempo disponível para lhe dedicar.

Aircrack-ng no EeePC funciona às mil maravilhas com o driver da madwifi para a placa da Atheros.

Se o voltava a comprar? Sim, voltava. E por agora é tudo.

Atheros lança driver para linux para placas 802.11n

Só tenho uma coisa a dizer: FINALMENTE

As placas de Atheros (que equipam por exemplo o EeePC) sempre deram problemas, nomeadamente sempre foi preciso ligá-las através do madwifi.

Agora parece que finalmente perceberam que o melhor é mesmo estar do lado da comunidade open source em vez de estar contra ela!

Fazer o Desktop Linux melhor que a Apple

O título do post é provocador, mas quem o lançou foi Mark Shuttleworth, o fundador da Canonical e o "arquitecto" por detrás do Ubuntu. Numa apresentação ontem no O'Reilly Open Source Convention, Mark Shuttleworth desafiou os "developers" para a tarefa de transformar a experiência do desktop linux em algo que suplante a experiência da Apple. Para além disso defendeu também que os programadores tem que ser capazes de pensar os seus produtos de forma a suportarem plug-ins que outros possam desenvolver, uma vez que isso permitirá o grande sucesso das aplicações open source.

Best Buy cobra pelo linux?

Há notícias que são espantosas. Uma delas é que a cadeia norte americana de vendas Best Buy está a tentar vender o Ubuntu por $19.99. Claro que nada os impede de vender o Ubuntu, mas sendo que o OS preferido aqui da casa pode ser obtido através de um download, ou inclusive pode-se pedir um CD gratuito que é enviado para nossa casa sem qualquer custo... o que levará as pessoas a comprar? A percepção que se tem preço tem valor?

Embora possam achar que isto é uma má notícia, eu por outro lado penso que a tentativa de uma cadeia de lojas de tentar "comercializar" o ubuntu desta forma mostra acima de tudo o reconhecimento desse valor. A Best Buy percebe que finalmente o Linux, na forma Ubuntu, tem potencial para gerar interesse suficiente para que possa até ser comercializado. Isto naturalmente associado ao crescimento gradual da cota de mercado do linux não deixa de ser boas notícias.

Hans Reiser apanha 15 anos! É o fim do Reiser FS?

Ultimamente Hans Reiser tem sido notícia pelas razões erradas no mundo linux. Em 2006 assassinou a mulher e de lá para cá foi condenado por homicídio em primeiro grau, que finalmente foi convertido em homicídio em segundo grau depois de ter ajudado a polícia a encontrar o corpo da mulher. Ora estes acontecimentos levaram a que muitas pessoas se interrogassem sobre o futuro do sistema de ficheiros ReiserFS que tantos apregoam como excelente para servidores, onde o volume de pequenos ficheiros (por exemplo email) é enorme.

O ResierFS neste momento encontra-se na versão 3 e estava a ser desenvolvida a versão ResiserFS4. No entanto com estes acontecimentos parece que ninguém quer tocar no projecto, por causa da associação do projecto ao homem.

Pode o ReiserFS vingar ainda? Poderá uma mudança de nome ajudar? Uma coisa interessante era se o na cadeia (e o Hans Reiser vai ter muito tempo pela frente, 15 anos pelo menos) deixassem que o Hans Reiser continuasse a trabalhar no sistema de ficheiros. Podia ser uma forma de se entreter e ao mesmo tempo ajudar a sobrevivência do projecto. Porque apesar de tudo o ReiserFS é um sistema de ficheiros excelente e é uma pena que bom código seja esquecido só porque o tipo que o inventou tenha tresmalhado...

contar palavras ou contar linhas de um ficheiro

Quantas vezes precisamos contar o número de linhas de um ficheiro? Ou o número de palavras? Há um comando no mundo *ix que é tantas vezes esquecido e que facilita a vida de uma forma tão simples:

$ wc -l ficheiro.txt

a opção "-l" conta linhas, mas há mais, "-c" conta bytes, "-m" caracteres, "-w" palavras e "-L" o tamanho da linha mais comprida...

Linux a crescer, (8 milhões) mas ainda abaixo dos 1%

Num artigo da ZDNET, Adrian Kngsley-Hughes analisa o estado actual do linux e do caminho que tem que percorrer ainda para ganhar cotas de mercado no Desktop.

A análise mostra que o linux tem vindo gradualmente a ser adoptado por mais pessoas, o que é sem dúvida muito bom. Ainda para mais se pensarmos que o Linux tem o estigma de ser um OS para "doidos", geeks e "cromos dos computadores". E se pensarmos que 0.8% de todos os computadores pessoais do planeta dá 8 milhões de utilizadores linux, o número começa a ter outro tipo de importância.

Como Poupar o Disco Flash do Eee PC

O disco do Eee é limitado e ao contrário de outros computadores não pode ser substituído. Trata-se de um disco de 4G de memória flash, que tem a vantagem de ser mais rápida que um disco normal e também de não ter partes móveis, o que faz com que o Eee seja ainda mais resistente a choques e encontrões que os computadores com discos rígidos normais. No entanto o disco do EeePC não tem apenas vantagens uma vez que todos os dispositivos baseados em memória flash tem um número limite de vezes que se pode escrever para eles preservando a informação. Embora o limite seja relativamente alto (a Asus prevê que o disco funcione sem problemas pelo menos 5 anos, e mesmo aí ele começará a mapear as zonas "danificcadas") acontece que se tivermos um sistema operativo que ajude a poupar o número de escritas para o disco estamos naturalmente a preservar a vida do nosso EeePC.

O primeiro passo para extender a vida do disco é ter o máximo de memória instalada. Assim os dados estarão em memória e não será preciso utilizar um swap e portanto aceder ao disco. O asus eeepc aceita até 2GB de RAM e a ao preço que a memória se encontra este é o primeiro passo para evitar "gastar o disco rígido. Esta opção pode fazer aumentar o custo do Eee em cerca de 36€.

O segundo passo passa por fazer algumas alterações nas configurações do Ubuntu para que ele escreva o número mínimo de vezes para o disco. O primeira opção é evitar que os ficheiros de log sejam escritos para o disco. Em vez disso serão escritos para memória normal serão eliminados naturalmente de cada vez que se desligar o EeePC. Para isso edita-se o ficheiro /etc/fstab com:

$ sudo gedit /etc/fstab

e adiciona-se no fim do ficheiro as seguintes linhas:

# Move Log Files to Temp File System to extend Eee Hard Drive Life
tmpfs /tmp tmpfs defaults,noatime,mode=0777 0 0
tmpfs /var/tmp tmpfs defaults,noatime,mode=0777 0 0
tmpfs /var/log tmpfs defaults,noatime,mode=0777 0 0

segundo a Wiki do Ubuntu eles também aconselham a adicionar a linha

tmpfs /var/log/apt tmpfs defaults,noatime 0 0

mas tal não deveria ser necessário porque já adicionamos a directoria mãe /var/log.

Se alguém souber dar uma razão para incluir as 4 linhas em vez das 3 primeiras por favor diga-me, enviando um comentário, porque assim à primeira não percebi.

Se repararem nas linhas inluimos um parâmetro interessante que é o "noatime". este parâmetro indica ao linux que não deve registar nos ficheiros qual a hora do último acesso ao mesmo. Como a hora do último acesso é praticamente irrelevante, utilizar este parametro ao montar os volumes do EeePC é uma boa ideia (aumenta o desempenho do eeepc e poupa o disco). Por isso vamos também adicioná-lo à nossa raiz. No fstab deve ter uma linha que começa por

UUID=... /

Aí deve substituir a expressão "relatime" por "noatime" ficando com algo do género:

UUID=f3414867-f197-43af-84d6-d79397a09cff / ext2 noatime,defaults,errors=remount-ro 0 1

(atenção que o número que aparece no UUID é só um exemplo)

Por outro lado pode ter uma linha semelhante a estar para montar o cdrom. Ora, como o Eee PC não tem leitor de cd rom pode apagar essa linha ou então comentá-la colocando um "#" no início da mesma.

Grave o ficheiro /etc/fstab. Da próxima vez que fizer boot do EeePC as definições já estarão a funcionar.

Série EeePC 701
Eee PC 701 - Finalmente chegou ao mercado português
Como instalar o Ubuntu-eee no Asus Eee PC 4G 701
Como Poupar o Disco Flash do Eee PC

Melhorar o desempenho do boot do Ubuntu - Profile

O ubuntu não é propriamente o OS mais lento a arrancar, mas podemos sempre tentar optimizar. Ora o sistema principal que tenho aqui para testar isto tem o Ubuntu 7.10 Gutsy Gibon instalado num Athlon XP 1800+ com 720MB de RAM

Mas para verificarmos se realmente estamos a melhorar o nosso boot time a primeira coisa que precisamos é algo para monotorizar o tempo que isto demora. A forma mais elegante de o fazer á utilizar um programa chamado bootchart que permite gerar gráficos para o tempo de arranque do nosso Ubuntu. Assim o primeiro passo fazer:

$ sudo aptitude install bootchart

O bootchart vai gerar um gráfico do processo de arranque na pasta /var/log/bootchart. Dê uma vista de olhos. É uma forma de perceber tudo o que o seu Ubuntu faz durante o arranque.

Depois de instalar faz-se um boot normal para ver quanto tempo demora a fazer boot. No meu caso 85s.

Agora vamos fazer a optimização. Para isso vamos fazer um restart e no menu do GRUB fazemos Escape para entrar no menu. Seleccionamos o kernel que estamos a utilizar, normalmente o primeiro da lista, e fazemos "e" (edit). Desta forma entramos numa janela de edição dos parâmetros de arranque e seleccionamos a linha do kernel (a linha que inclui o vmlinuz_x_x_x_x, estiverem a utilizar por exemplo o XEN pode acontecer que o vmlinuz esteja a ser carregado como módulo) , voltamos a pressionar "e" e adicionamos profile. Fazemos Enter e pressionamos a tecla "b" para fazer boot. Durante este arranque o sistema vai escrever um ficheiro de profiling do arranque em /etc/readahead/boot Este arranque é muito mais lento que o tradicional, uma vez que o sistema está a fazer um profile do arranque para determinar o que pode ir lendo do disco rígido adiantando as necessdiadades do boot normal.

No fim basta fazer mais um reboot para que o sistema arranque com o novo profile. Isto só deve ser suficiente para ter ganhos no tempo de boot do sistema e verificar novamente no bootchart qual o tempo total de boot. No meu caso o tempo total de boot passou a ser de 76s. Pode não parecer muito ganhar apenas 9 segundos no boot, mas é algum ganho que parece funcionar bem.

Este método limita-se a optimizar o boot actual. Se pretende alterar o que é carregado no arranque pode utilizar uma aplicação chamada BootUp-Manager (experimente ir a Applications-> Add/Remove... e procurar pelo nome) para gerir através de uma interface gráfica o que é iniciado no arranque do sistema ou não. O programa é instalado no menu System->Administration. No meu caso depois de desligar algumas coisas e optimizar novamente o readahead com o profile que descrevi aqui o tempo de boot do ubuntu ficou em 63s. Nada mau para uma optimização que se faz em 10 minutos.

Como instalar o Ubuntu-eee no Asus Eee PC 4G 701

A primeira coisa que há a fazer quando se compra um Eee Pc é tentar livrarmo-nos daquela coisa a que a Xandros chama de sistema operativo. Não por ser parecido com o Windows Xp, mas porque já está desactualizado em muitos aspectos (O Open Office por exemplo é o 2.0 quando no Ubuntu 8.04 já temos o 2.4 ou o Firefox - 2 vs. 3). Para além do mais a placa wifi parece funcionar apenas quando lhe apetece quando encontra um WPA2 pela frente (num AP da Asus por sinal, mas nem mesmo assim).

Para a primeira escolha de OS a instalar neste netbook ou umpc (como queiram) recaiu naturalmente no Ubuntu, principalmente porque quando se está a brincar com estas coisas mais vale começar em território conhecido e depois ir variando.

A melhor forma de começar com o Ubuntu no Eee Pc é começar com uma variante da distribuição que já tenha sido optimizada para o pequeno computador. Pode também fazer tudo à mão, mas o melhor é mesmo começar com o ISO produzido pela equipa do Ubuntu-Eee ( http://www.ubuntu-eee.com ).

A melhor forma de fazer a instalação é através de uma pen USB. Partindo do pressuposto que tem uma pen de 1GB à mão, siga as instruções existentes na Wiki da distribuição e terá uma Pen USB pronta a fazer boot no Eee.

O processo de instalação é perfeitamente normal, como se de um desktop se tratasse. Arranque em modo Live USB e depois faça a instalação. Uma questão que normalmente se coloca é a da utilização ou não de uma partição swap, e se o sistema de ficheiro deve ou não deve ser journaled. A ideia é que se pretende evitar ao máximo o número de writes e erases do disco SSD do Eee PC para assegurar a sua longevidade. Faz sentido, mas eu optei por instalar o ext3 e manter uma swap de cerca de 200Mb... e mais tarde configurar o Ubuntu para não escrever tanto para disco. Mas disso vou falar mais tarde.

Estas escolhas fazem ainda mais sentido para lhe facilitar a vida, uma vez que são os defaults de instalação do Ubuntu. Para além do mais o instalador funciona muito bem e em meia dúzia de passos e cerca de 10 minutos tem o computador instalado. Nunca foi tão fácil instalar um sistema operativo e nem os fanáticos da Apple poderão dizer o mesmo, apesar de agora o OS X ser apenas o 2º sistema operativo mais fácil de instalar à face do planeta. Desculpem, mas é verdade, se não acreditam tentem instalar o Ubuntu 8.04...

Depois disto o instalador pede para fazer um reboot. Retira-se a pen e o sistema arranca. A primeira grande diferença que se encontra é que o ambiente de trabalho parece o de um computador normal, não aquela aselhice da Xandros. A segunda é que tudo parece funcionar muito melhor.

Como todos os computadores, agora é altura de começar a costumizar o nosso Eee PC com Ubuntu, mas isso fica para o próximo artigo desta série dedicada a Linux no EeePC 4G 701 da Asus.

Série EeePC 701
Eee PC 701 - Finalmente chegou ao mercado português
Como instalar o Ubuntu-eee no Asus Eee PC 4G 701
Como Poupar o Disco Flash do Eee PC

Xandros compra salvados da Linspire. E agora?

Lindows? Diz-vos alguma coisa? Pois... A distro comercial que se propunha ser a distro "para o resto de nós" e que prometia ser o mais simples possível... mudou de nome para Linspire, morreu e agora os salvados da Linspire foram comprados pela Xandros, resta saber para quê.

O problema é que a Lindows prometeu ser o desktop linux simples de utilizar que as distros gratuitas conseguiram ser passados 6 meses. Assim o negócio da Linspire simplesmente deixou de fazer sentido.

Adeus Linspire, não deixaste saudades. (Bem, a Linspire ainda não está morta... mas é tão inutil falar de dela como falar do Xandros no Eee PC.).

lm-sensors para monotorizar o sistema e resolver o problema

Uma das piores coisas que podem acontecer a um computador é ter algo que não esteja a funcionar bem e provoque crashes e hangs a torto e a direito. Ultimamente uma das minhas máquinas tinha alguns soluços destes quando puxava por ela com algum software mais exigente. Como tinha recentemente feito um upgrade de memória pensava que poderia ser um problema de incompatibilidade da memória, mas após todos os testes o problema não parecia vir daí.

Entretanto lembrei-me de monitorizar a temperatura da máquina porque ela parecia rebentar apenas quando começava a puxar por ela com cálculo intensivo (e esta máquina é utilizada para cálculo intensivo apenas). Então decidi instalar o lm-sensors, mas a forma mais simples de o fazer é talvez utilizando um front-end como xsensors. Pode instalá-lo a partir do Synaptic ou então no terminal

sudo aptitude install xsensors

que vai instalar também as dependências necessárias. Depois é só configurar o modulo correcto para a nossa board para que seja lançado no boot com

sudo sensors-detect

e seguir as instruções.

Um reboot depois e pode-se utilizar o programa xsensors a partir do terminal ou então a partir do menu aplicações. Para quem utilizar Gnome ou KDE também tem applets específicos para cada uma das distros. Para isso basta procurar com

sudo aptitude search sensors

Quanto ao meu problema, já percebi qual é... tive que diminuir a velocidade do processador porque a temperatura estava alta demais... e quando puxava pela máquina... rebentava. É por muito pouco, porque no inverno a máquina aguenta-se bem. Agora com 35º de temperatura ambiente...

Lá terei que rever o sistema de arrefecimento... mas isso não será para agora.

Eee PC 701 - Finalmente chegou ao mercado português

Finalmente chegou! Depois de tantos rants, resmunguices e impaciências com a Asus por nunca mais lançar por cá o Eee PC, finalmente esta semana foi lançado.

As primeiras notas, o processador parece não estar limitado e corre a 900Mhz (tenho que verificar isto!), e o manual está em português, bem traduzido, incluindo a licença GPL no fim. Depois das críticas iniciais sobre a violação da GPL, a asus parece ter corrigido algumas das críticas que lhe fizeram.

Agora vamos lá pensar o que instalar neste Eee PC... O Ubuntu é certo, mas antes de fazer essa instalação, o que é que poderia experimentar antes? SuSE? Fedora? O que me sugerem? Deixem a vossa opinião nos comentários.

Série EeePC 701
Eee PC 701 - Finalmente chegou ao mercado português
Como instalar o Ubuntu-eee no Asus Eee PC 4G 701
Como Poupar o Disco Flash do Eee PC

LiPS + LiMo

O mercado do telemóvel está a sofrer uma verdadeira revolução. A Nokia avisou que ia comprar o Symbian para o tornar Open Source (ainda resta saber até onde vai ser este open source, mas isso é outra questão) o que veio abalar bastante tudo o que se passa no mercado. Com o Symbian open source, e com a base de clientes que estes aparelhos tem, aqui está uma plataforma de sucesso, ao contrário do Android do Google que está atrasado, não se sabe quando poderá sair, e não tem utilizadores.

Assim neste panorama, os dois grupos que promoviam o linux (O Android também promove linux, mas tem mais uma layer em Java ali no meio) como plataforma para telemóveis, a LiPS (Linux Phone Standards) e a LiMo (Linux Mobile Foundation), decidiram anunciar que a partir de Julho estariam juntas, ou de forma mais prática que a LiPS se juntaria à LiMo.

Assim o panorama do telemóvel está bastante interessante. Há os sistemas proprietários (iPhone, Windows Mobile e RIM OS) e os Open Source (Symbian, LiMo, Android) sendo que a nível mundial os segundos ganham claramente por culpa do Symbian. No entanto o número de fabricantes que pretendem suportar o LiMo e ou Android tem crescido regularmente o que faz antever um futuro risonho para os aparelhos baseados em linux.

Asus Express Gate, o futuro dos sistemas operativos linux?

A Asus é no momento uma das empresas mais interessantes do mercado. Depois do Eee PC, que finalmente chegou a Portugal, uma outra funcionalidade muito interessante que estão a incluir nas novas motherboards é o splashtop, ou no caso da Asus, Express Gate.



Este sistema permite que imediatamente após carregar o botão de power a board carregue um linux em 5 segundos, pronto apenas com funcionalidades de browser ou skype. Para quem vive online, pode ser algo muito prático. O Splashtop revela-se uma ferramenta muito prática para as coisas essenciais. Pena é que este sistema ainda não esteja incorporado no Eee PC. Isso sim... seria o futuro dos netbooks.

Este tipo de sistema poderá um dia substituir o sistema operativo tradiconal? Penso que totalmente não, porque a instalação em disco permite uma maior flexibilidade, enquanto esta instalação em hardware da board não permite tudo o que uma instalação em disco permite. No entanto penso que o futuro de sistemas mistos passará sem dúvida por aqui.

via Carlos Martins

apt-get via proxy

Não me tinha surgido antes esta dúvida porque não estive nesta situação antes, mas um leitor do linux-fácil colocou a questão na caixa lateral do chat, de como aceder aos repositórios do Ubuntu via apt-get quando se está a utilizar um proxy.

Ora, a solução é simples. Basta como root num terminal fazer:

$ export http_proxy=http://user:password@my.proxy.server:port/
$ export ftp_proxy=http://user:password@my.proxy.server:port/

Para fazer estas alterações permanentes as duas linhas podem ser adicionadas ao ficheiro /etc/bash.bashrc por forma a não ser preciso voltar a introduzi-las.

Outra forma de aceder aos repositórios através de um proxy é colocar as definições do proxy no Synaptic. Para isso basta ir no Synaptic a Settings -> Preferences -> Network e preencher com os dados correctos.

ver também:
apt-build para optimizar uma instalação para o nosso ferro

apt-build: optimizar a instalação para o nosso ferro.

Para quem utiliza o Ubuntu os repositórios de binários pré-compilados são uma maravilha. Mas estes binários tem que correr em qualquer máquina x86, seja um 386 ou novíssimo Quad Core. Ora, como é que podemos acelerar as nossas máquinas para tirar partido daquilo que verdadeiramente temos?

A solução mais prática é compilar a partir do código fonte. Se o Nuno já referiu aqui algumas aventuras com a compilação de código quando não há binários nos repositórios, o que eu estou a sugerir é mesmo para os pacotes que já estão instalados. Chama-se apt-build e vai revolucionar a velocidade do seu Ubuntu (para acabar de vez com o gozo que o pessoal do Gentoo faz aos restantes)


Primeiro que tudo é preciso instalar o apt-build com o normal:

$ sudo aptitude install apt-build

Durante o processo de instalação e configuração vai ser perguntado ao utilizador onde quer guardar os pacotes .deb compilados (o seu repositório local) assim como qual o nível de optimizações (-O0 -O1 -O2 ou -O3: se é para ser rápido não faz sentido outra que não o -O3) e ainda qual o target para o qual está a optimizar o código. Por exemplo na minha máquina trata-se de um athlon-xp. Deve escolher o mais apropriado para o seu caso.

Se por acaso precisar de reconfigurar isto por se ter enganado pode fazer:

$ sudo dpkg-reconfigure apt-build

A partir daqui pode utilizar o apt-build em vez do aptitude ou do apt-get para instalar os pacotes a partir do código fonte e desta forma garantir um desempenho superior do seu Ubuntu. Os comandos mais utilizados serão:

$ sudo apt-build install nome-pacote

para instalar um programa

$ sudo apt-build update

para fazer a actualização dos repositórios das sources

$ sudo apt-build upgrade

para realizar um upgrade

e para quem quiser optimizar todo o sistema e conseguir um desempenho ainda melhor....

$ sudo apt-build world

que vai tentar compilar e instalar todos os pacotes que tem presentemente instalados no seu sistema. (prepare-se para esperar e já agora convém passar o parâmetro --force-yes e --yes para que o apt-build não se ponha com perguntas parvas a meio do processo. ) Ah, este processo para corajosos é bom que se lembrem que alguma coisa pode não funcionar muito bem... e o vosso sistema pode rebentar. Estão avisados... hehehehe Eu por exemplo só faço isto na primeira instalação clean... e quando não é clean... o primeira coisa a levar com um apt-build é ... o firefox!

Por fim, é preciso ter em atenção o seguinte. O que acontece quando se faz um dist-upgrade com o apt-get ou com o aptitude? Como o nosso repositório é menos prioritário que os online o sistema avisará que há pacotes novos para instalar e vai tentar instalar a partir dos binários existentes online. Assim é preciso editar / criar um ficheiro /etc/apt/preferences

Neste ficheiro vamos aumentar a prioridade do nosso repositório local colocando:

Package: *
Pin: release o=apt-build
Pin-Priority: 990

Desta forma garantimos que quando houver versões com o mesmo número as do nosso repositório local terão prioridade e portanto não serão sobrepostas.

Agora é ... boas compilações... e vamos lá acelerar esses sistemas.

Querem saber como evoluiu o linux desde o dia 1?

Compilar a partir da fonte

Este artigo será importante para quem, como eu, gosta é de utilizar os pacotes de software dos repositórios Ubuntu, mas de quando em vez lá instala qualquer coisa a partir da fonte. Isto torna-se chato, até porque tudo o que aprendemos da última vez que fizemos isso já se foi da nossa memória. Agora que estou a fazer uma instalação dessas, aqui ficam algumas dicas, que também vão servir para mim da próxima vez que precisar.


Quando falo em código de fonte estou a falar de programas que têm pelo menos um ficheiro configure, ou qualquer coisa do género. Fonte, daquela pura, só com os ficheiros em c, essa para mim ainda é um mistério.
Se tem um ficheiro configure, então é para utilizar: ele logo me dirá se tenho todas as depedências satisfeitas ou não. Se ele parar a meio a queixar-se da falta de qq coisa, então Synaptic Package Mannager (ou apt-get install) e vai-se buscar.

Pacotes lib, pacotes -dev e pacotes src
Pois, estes meus senhores é que são os necessários. Muitas vezes temos instalado o pacote que é necessário mas mesmo assim não corre: pois, o que ele quer é o pacote -dev. E pior ainda é quando o configure nos diz que necessitamos, por exemplo, do gtk+ (versão 2.0) (este foi para mim um dos piores de resolver) e vamos ver e existem 500 pacotes gtk. Bem, aquilo é uma festa, mas nenhum deles é -dev. Ficamos um pouco lixados. Nunca desistir, porque a solução pode estar, e neste caso está, no libgtk2.0-dev. Caramba, aquilo que uma pessoa tem que adivinhar para continuar a usar Linux (ehehe).
Em alguns casos não existe pacote -dev mas existe o pacote -src, que produz os mesmos efeitos.

Outra coisa que já me deixou às aranhas foi quando o configure se queixa de qualquer coisa como "Não encontro um compilador c" e nós pensamos "Sim, e qual o pacote que tenho que instalar??". Pois, a resposta é a mais óbvia: qualquer compilador c. Uma pesquisa no Synaptic por "C compiler", neste exemplo, é suficiente para obtermos uma lista de candidatos à instalação. Depois é só ler a descrição sumária dos candidatos e, regra geral, não será difícil optar por um correcto (já agora, neste caso eu opto pelo g++).

Para utilizadores um pouco mais avançados, é bom dar uma vista de olhos ao resultado do configure mesmo quando aparentemente a coisa corre sem erros porque muitas vezes há dependências que não sendo essênciais, não estando satisfeitas não permitem a utilização de determinada opção do software que estamos a instalar. Por exemplo, neste momento estou a instalar GIMP 2.5 (nos repositórios só há o 2.4.5) e precisei de instalar o gegl-0.0.16. Corri ./configure e no final obtive:

Building GEGL with prefix=/usr/local

Optional features:
GEGL docs: yes
Build workshop: no
Build website: no (asciidoc not found)

Optional dependencies:
GTK+: yes
Ruby: no
Lua: no (usable lua not found)
Cairo: yes
Pango: yes
pangocairo: yes
GDKPixbuf: yes
JPEG: no (usable JPEG library not found)
PNG: yes
OpenEXR: no (usable OpenEXR not found)
rsvg: no (usable librsvg not found)
SDL: no (usable libsdl not found)
asciidoc: no (asciidoc not found)
enscript: no (enscript not found)
graphviz: no (graphviz not found)
avcodec: no (usable libavcodec not found)
avformat: no (usable libavformat not found)

(este é um dos exemplos mais favoráveis porque origina um relatório final)
O que acontece é que não deu erro, mas se continuar agora não vou poder trabalhar com JPEG no GIMP depois de instalado (reparem na mensagem usable JPEG library not found), o que diga-se de passagem não seria boa ideia num programa de tratamento de imagens. Portanto lá vou eu instalar libjpeg62-dev (uma pesquisa no Synaptic por JPEG resolveu o meu problema) e correr novamente o ./configure.

Bem, no final é só digitar make e sudo make install e, por vezes, ir tomar um café porque se o programa for grande (e o processador pequeno) estes processos podem ser mais ou menos longos...

Neste exemplo, estou só a meio da questão, porque acabei de instalar o gegl e agora tenho que instalar o gimp-2.5. Nunca ninguém disse que trabalhar com o código de fonte era fácil. Mas eu digo que não é impossível: por vezes demora tempo, mas é possível.

Existem muitas outras maneiras de instalar a partir da fonte, que normalmente estão descritas algures na directoria do programa a instalar, num ficherio README, INSTALL ou algo semelhante.

Ubuntu 8.04 - primeiras impressões

No dia seguinte ao download e instalação do Ubuntu 8.04 Hardy Heron, o que se pode dizer sobre o novo sistema operativo? Primeiro que tudo o look and feel está mais refinado que nunca. A equipa que trabalhou no “bem estar” do utilizador fornece nesta versão mais perfeição a nível de fontes, backgrounds, e usabiliade. O novo Ubuntu está efectivamente mais belo.

Agora vamos aquelas coisas mais chatas, tipo quais a versões que este Linux traz.

A começar pelo Kernel, um "uname -a" dá informação de que se trata do kernel 2.6.24. O Gnome é o 2.22.1 e em termos de aplicações instaladas temos o OpenOffice 2.4, o Firefox 5.0 beta 5 que funciona muito bem. Agora que temos isto despachado, vamos às impressões finais.

O 8.04 é até à data a melhor distribuição de linux no mercado, mas não tomem a minha palavra como certa. Verifiquem por vocês mesmo. Numa altura em que a Red Hat parece hesitante em relação ao futuro do Linux no Desktop, a SuSE anda a tentar perceber o caminho no seio do mundo Microsoft, há felizmente o mundo Debian e o mundo Slackware para salvar a honra do convento. A escolha aqui, para quem procurar um sistema mais user friendly é simples. Debian, na versão Ubuntu e este 8.04 está fabulosamente simples.

Nos próximos tempos vou escrever por aqui alguns artigos sobre algumas tarefas de configuração deste Ubuntu para ficar à minha medida, que pode ser também em parte a vossa. Para já vale a pena fazer o Download do 8.04 (experimentem o darkstar.ist.utl.pt para tráfego nacional) e comecem a brincar com o Ubuntu Hardy Heron.

Ubuntu 8.04 é Linux

O título é um pouco polémico mas eu assumo-o! Cada vez mais Ubuntu é sinónimo de linux para o utilizador comum.

Amanhã vai sair o Hardy Heron, o 8.04, o LTS (Long Term Support) ou mais simplesmente o Ubuntu. E quer se goste quer não, esta é a melhor versão do Ubuntu alguma vez lançada e de longe uma das melhores distribuições existentes no panorama linux.

Para quem nunca utilizou linux na vida está ainda mais simples experimentar sem dores, sem analgésicos, sem mexer no amado windows.

Falta 1 dia para o release e imediatamente aqui em casa vou fazer o upgrade em duas máquinas diferentes (um servidor e um desktop). Mas voltando ainda ao título polémico: Obviamente que para quem já anda nisto do linux, o Ubuntu não o linux (e já nem me meto na discussão GNU/linux), é só uma das imensas distribuições de linux existentes, mas a verdade é que sendo tão ubíqua é confundida por aqueles que não andam nestas andanças como sendo de facto "o" linux.

Esta confusão tem as suas vantagens. Eu explico: Imaginem que por alguma carga de água um noviço confundia linux com ... digamos Gentoo! O mundo linux assim não ia conseguir atrair ninguém... Assim esta confusão até que é benéfica para o próprio novato que confundindo linux com Ubuntu acaba por cair nas mãos de uma distro muito fácil e intuitiva de utilizar. Dou um exemplo. Um amigo meu, fez download e experimentou e gostou e só teve problemas com ... o VirtualBox que não lhe dava um ecrã com a resolução certa! Fora isso... o Ubuntu foi tudo o que ele esperava do linux.

É mau, sabendo, afirmar que o Ubuntu é o Linux, mas para um novato que ande ainda às apalpadelas entre o bash e cronjob não é desculpável fazer esta confusão? Por mim, quantos mais utilizarem ubuntu, linux, gentoo ou LFS (Linux from scratch) melhor... não me importa o nome que lhe dão... com o tempo aprendem. Afinal tudo na vida é aprendizagem. E agora vamos lá fazer download do Ubuntu 8.04

UPDATE: como foi óbvio houve aqui um erro de números: num ou dois sitios escrevi 8.10 em vez de 8.04... o 8.10 só vai ser lançado em Outubro..

Como escolher uma distro linux?

O que leva as pessoas a escolher uma distribuição em vez de outra? Aliás, no mundo linux porque é que há tantas distribuições disponíveis?

Pelas contas do site distrowatch.com há presentemente 351 distribuições activas. E embora seja óbvio que estas 351 distribuições sejam muitas vezes derivadas de outras, mesmo assim são muitas distribuições. A pergunta que se coloca é naturalmente .... porquê?

A resposta vai depender da pessoa que a der muito naturalmente, mas passa pelo facto de efectivamente haver liberdade para o fazer. Poder experimentar e até por um pouco de vaidade. Afinal quem é que não gostaria de poder verdadeiramente dizer "a minha distribuição". Mas com tanta oferta para o recém-chegado ao mundo Linux, como escolher a distribuição que quer utilizar?

Primeiro que tudo convém pensar várias questões:

1. O computador é para quem? - A vontade do utilizador em se adaptar ao linux e a sua destreza informática são factores a considerar. Se for uma pessoa que vai apenas utilizar o computador ao nível de Desktop, uma distribuição como Ubuntu ou outra que seja baseada em Gnome pode facilitar a transição.

2. Que tipo de serviço é que se vai pedir ao computador? Vai ser um servidor ou um Desktop? Vai trabalhar num sistema em rede? Vai partilhar internet? Vai servir como firewall? Um computador equipado com linux pode ter muitas mais funções que as que um computador Windows normal tem. Claro que com qualquer distribuição que se escolher é sempre possível configurar tudo para as tarefar que pretendemos, contudo com tantas alternativas, provavelmente há distribuições optimizadas para determinadas tarefas. Dê uma vista de olhos ao site Distrowatch.com e escolha de acordo com a tarefa que vai fazer.

3. Quem vai dar o apoio técnico? E honestamente... quanto é que sabe de linux para ajudar? Esta pergunta é feita para que cada um pense para si mesmo o quanto sabe e o quanto está disponível para ajudar o utilizado a quem quer impingir um computador com Linux. É que se não tem paciência para ajudar, escolha uma distro estável, regularmente actualizada, com um bom sistema de gestão de pacotes e que seja fácil de manter, mesmo que isto implique que não vai poder escolher uma bledging edge para o computador.

Por fim, lembre-se sempre, a experiência do utilizado em frente ao computador é mais importante que a distro que lá está. Se a pessoa que for utilizar a máquina tiver mais chatices que benefícios vai fugir a sete pés de volta para o buraco onde estava.

Utilizar linux, para além de instrutivo é divertido, por isso não mace a vida das pessoas tentando impingir-lhe aquilo que gosta em vez de lhe dar aquilo que ela precisa.

Microdistribuições, Slitaz

Ao ler a Distrowatch weekly desta semana não pude deixar de dar de caras com uma distribuição daquelas que me apaixonam... pequenina, pequenina, cabe em 25MB e é excelente para correr em máquinas bem antigas (com 16MB de Ram) que estão aí em casa a precisar de ser revitalizadas. Para além de que sou fanático por tudo o que meta aranhas...

Estou a falar da Slitaz, que para além do mais traz um servidor web (lightTPD) para quem precisar de fazer development.

O Slitaz com o seu pequeno tamanho e requisitos presta-se também a ser uma excelente distro para correr numa máquina virtual para quem precisar de fazer algumas experiências sem correr o risco de comprometer o host.

Para além do mais qualquer distro que tenha aranhas no logotipo é do meu agrado.

Pro Teste não percebe nada de Linux

Aquilo que mais me enerva são opiniões escritas por quem não percebe nada sobre a assunto. Seja de que assunto for. A Pro Teste deste mês tem um artigo sobre sistemas operativos. Foi com agrado que verifiquei que tinham incluído o Ubuntu, mas o agrado desapareceu quase de imediato. Se não percebem nada sobre Linux, porque é que escrevem sobre o assunto.

Gostava só de destacar aquilo que acho mais bárbaro no artigo.

Ubuntu é um sistema operativo da Linux. Agora Linux é uma empresa que desenvolve sistemas operativos.

Ubuntu oferece o pacote OpenOffice. Revela desconhecimento total sobre o que é software open source. Não fazem a mínima ideia do que é o OpenOffice.org. Como apenas experimentaram o Ubuntu "da" Linux pensam que deve estar tudo ligado.

Não há actualizações ao sistema operativo. Esta para mim é a mais hilariante. É tão estúpida que nem me merece mais comentários.

Sobre a compatibilidade, é claro que como só experimentaram a versão Live CD do Ubuntu não conseguiram instalar o suporte para MP3, Quicktime, etc. Se tivessem feito um teste como deve de ser ao Ubuntu poderiam verificar que a instalação do suporte multimédia é agora automático na primeira vez que necessitamos dele.

Não sei como é que a Pro Teste pode continuar a dizer que veicula informação Independente e Credível.

8.04 Beta

É um pouco desnecessário falar nisto, porque provavelmente já todos estavam à espera, mas o Ubuntu 8.04 Beta já está disponível. Se pretende experimentar o novo Ubuntu que vai ser lançado a muito breve prazo e não quer esperar... pode fazer download do "Hardy Heron" Lont Term Support a partir do site do Ubuntu.

No Sun For Hardy

O título era para jogar com a palavra SUN mas acho que não sai lá grande coisa... enfim...

A notícia é que até agora o Ubuntu suportava a arquitectura da Sun para processadores, os Ultra Sparc, mas tal vai acabar na próxima versão que está quase a sair embora a equipa técnica que fez o anúncio tenha dito que ports para SPARC vão continuar a existir.

A partir de agora o Ubuntu só suportará oficialmente i386 e amd64... o que quer dizer que muita gente que precisa de suporte para servidores SPARC vai instalar provavelmente outras coisas nas suas máquinas... talvez Debian...

A meu ver esta concentração de arquitecturas permite aos developers do Ubuntu focarem-se apenas numa versão fazendo-os andar depressa e mantendo o ciclo de releases, mas é com pena que vejo o suporte para SPARC partir. Não sou grande fã da falta de alternativas, pelo contrário.

Skype 2.0 com vídeo

Finalmente! O Skype 2.0 saiu de Beta e está disponível para download.

A grande novidade é que agora suporta vídeo em Linux, algo que já existe há algum tempo em Windows e Mac....

Existem pacotes precompilados para Ubuntu, Debian, Xandros Fedora e OpenSUSE....

Urray!!

Falta Paixão ao Linux?

Desde há algum tempo que me tenho questionado a propósito de porque é que o linux ainda é tão pouco adoptado pelos utilizadores ditos normais. Sem dúvida que o bug #1 continua a ser predominante, mas temos um exemplo no caso da Apple. Desde que mudou de plataforma de Power PC para Intel que a cota de mercado mais que duplicou. Porque é que o linux não consegue ter esse fenómeno de explodir em termos de adopção de massas?

Depois de pensar um pouco no assunto, acho que há alguns pontos onde é importante reflectir:


1. O linux é uma coisa de geeks, que sabem tudo, e que portanto estão muito virados para si mesmos. Estes são verdadeiramente apaixonados pela coisa, mas não são vaidosos dela, pelo que não transmitem para o exterior essa paixão, não servindo para criar elan e apelo para terceiros.

2. A maior parte de utilizadores novos de linux, não procura informação sobre linux para estar dentro das novidades ou para perceber as movimentações do open source. Fá-lo apenas quando precisa de resolver algum problema, ou pretende configurar alguma coisa e não sabe como.

3. O utilizador avançado de linux tem por vezes a arrogância de ser um ser superior e de não ter tempo para explicar a ajudar os outros, mostrando-lhes o quão simples e belo o mundo linux é.

4. Os designers, artistas, criativos e especialistas em usabilidade não estão para aturar as restrições dos programadores linux (que acham que sabem tudo) e portanto é difícil competir com software proprietário que gasta mais em designers do que em engenheiros. Isto é uma pescadinha de rabo na boca porque sendo menos "apelativo" vai atrair menos utilizadores e por seguinte menos vontade dos designers trabalharem em linux e...

5. Para fomentar crescimento da cota do Linux é preciso haver líderes que sejam apaixonados pelo linux (sem parecerem radicais), que mostrem as suas vantagens e acima de tudo que mostrem que linux pode dar status. Isto é algo que demorará muito tempo a dar a volta, mas o sucesso de um produto não depende apenas das suas superiores características técnicas. Onde estão esses líderes?

6. A Paixão! Tudo se resume a paixão. As pessoas procuram sites de gadgets, ou cinema, ou sobre a Apple, ou sobre telemóveis. Coisas que provavelmente não vão comprar mas que desejam. No linux isso não acontece. Como criar desejo no mundo Linux? Como criar Paixão?

Asus Eee PC 900

Enquanto por cá parece não haver forma de encontrar o 700, a Asus já lançou o 900 (e que fixe que ele é... ) mas vejam o vídeo:



A versão com linux será comercializada por 399 Euros o que não quer dizer que em Portugal venha a ter esse preço, e deve começar a ser comercializado em Abril... Claro que por cá uma pessoa vai ter que esperar e desesperar... Ó senhores a Asus Portugal, façam lá uma "forcinha" para por o Eee PC cá.

Intrepid Ibex

Já está definido o nome para a versão do Ubuntu 8.10, que deve sair em Outubro deste ano. Será a nona release do Ubuntu, e faz a bela idade de 4 anos. Urra!

Quanto à escolha do nome... ora para quem não sabe, o Ibex é uma espécie de cabra montanhesa...

O que para além do mais faz lembrar muito o símbolo do GNU...

Ora depoisa da LTS de abril vamos ver que surpresas trará o novo bode intrépido... (Intrepid Ibex)
Ver ainda:

• Linux no Toshiba 3440CT sem CD-ROM
• UBUNTU - Como montar partições do Windows
• Desinstalar "programas" no UBUNTU
• Ainda a instalação da placa huawei E220 em Linux

Guerra até ao infinito: Logotipos

A Red Hat, enviou uma carta de C&D (Cease and Desist) ao grupo DataPortability.org exigindo a retirada do logotipo do seu site. Tudo porque segundo a Red Hat o logotipo é idêntico ao utilizado pelo Fedora, que é uma marca da Red Hat.

Ora é verdade que ambos são parecidos. Sim. Mas penso que de forma alguma são confundíveis. Para além disso a argumentação da Red Hat é a de que o símbolo de infinito é deles por já estar no logotipo no fedora, o que é algo que não é muito prático, pois iria por em causa toda a *matemática*. Por outro lado acho que é preciso repensar urgentemente este tipo de processos em que os logotipos são feitos com as iniciais do nome, uma vez que qualquer dia nem podemos dar aos nossos filhos algum nome com medo de algum processo.

Mas que os dois logotipos são parecidos lá isso são... e se a RedHat ganhar, ninguém mais vai poder utilizar um infinito a 45º

Photoshop funciona Em Linux... via Wine

A semana passada o Google anunciou publicamente que tinha contratado a Codeweavers para fazer com que o Photoshop CS e CS2 funcionassem melhor sobre o Wine. E efectivamente parece que já é possível correr o software da Adobe sem grandes problemas.

O software de tratamento de imagem tem sido um dos grandes entraves, apregoado por alguns, para não mudança para software livre, mesmo que o Gimp faça quase tudo o que o Photoshop faz. Mas honestamente o funcionamento do Phostoshop é muito diferente do Gimp, e para quem utiliza o Photoshop a nível profissional não conseguir convencer uma equipa inteira a mudar para Linux para todos utilizarem os mesmo formatos. Há sempre um gajo que não muda.

Esta novidade não é naturalmente o mesmo que dizer que haveria uma versão nativa do Photoshop e está ainda mais longe ainda de dizer que o Photoshop é lançado como software de código aberto. Ambas as coisas são impossibilidades matemáticas... mas um tipo pode sonhar.

Curiosamente estas melhorias do Wine fazem com que outras aplicações da Adobe funcionem melhor no Wine, nomeadamente o Flash que tinha até agora um mau registo de funcionamento em Linux.

Quanto ao Google parece naturalmente estraho que esteja de tão boa vontade para patrocinar a compatibilidade de um produto em parte rival do seu Picasa que também funciona em Linux, ainda para mais quando esse patrocínio deveria vir da própria Adobe. Go figure... Em todo o caso parece ser a lógica de "Tomar as decisões nas minhas mãos" que prevaleceu. O Google ganhou o crédito de ter facilitado a vida aos utilizadores do Photoshop em Linux e a Adobe leva mais uma assobiadela. Talvez um dia o feitiço se vire contra a própria...

Laptop a 75$?

A antiga CTO do projecto OLPC, veio a terreiro lançar lenha para a fogueira dos computadores portáteis de baixo custo. Depois de sair do OLPC, Mary Lou Jepsen fundou uma companhia, a Pixel Qi, que tem como objectivo fazer um laptopo ainda mais barato... O objectivo: 75$ utilizando as tecnologias que ela inventou para o projecto OLPC.

Segundo a entrevista o tal laptop de 75$ será possível em 2010.

Por cá, continuamos a esperar pelo OLPC, pelo Asus Eee PC, pelo... ok... Como Portugal fica o cu do mundo, não nos vamos entusiasmar muito, Ok? Mas por 75$... Isto é que era a forma de um tipo trocar de computador como quem troca de meias....

KVM no Ubuntu 8.04 LTS

O próximo LTS (Long Term Support) do Ubuntu está para sair em Abril e como agora é moda, todos querem virtualização. Enquanto a Novell e Red Hat utilizam ambos o Xen, a Canonical optou pelo KVM.

Claro que os defensores do Xen, leia-se pessoal da Citrix, leia-se dona do XenSource, leia-se amiga (muito) da Microsoft, já veio a público dizer que KVM é realmente melhor para Desktops enquanto o Xen é melhor para servidores ou que prova que não perdem uma oportunidade para ajudar a matar o XenSource...

A entrevista do Linus Torvalds

No momento todos parecem falar da entrevista que o Linux deu em que afirma que o sistema de ficheiros da Apple é uma verdadeira merda. (Por alguma razão a Apple anda às voltas com o ZFS da Sun para ver se o integra numa release futura).

Mas mais importante que esta provocação em torno do sistema de ficheiros, o Linus Torvalds referiu algo muito fundamental em relação quer a Apple quer a Microsoft:

O Sistema Operativo deve ser algo completamente transparente e ambas as companhias utilizam os respectivos OS para controlarem quer o software quer o hardware. Linus diz que os OSs servem no fundo para que estas companhias criem um sistema de Lock-In dos seus utilizadores, obrigando-os a continuamente gastar dinheiro. Não podia concordar mais com esta opinião.

Ainda para mais o fundador do Linux fez uma análise sem papas na língua sobre as perspectivas de evoluções futuras dos sistemas operativos, nomeadamente analisando a tendência dos fabricantes de hardware asiáticos começarem a ficar fartos de utilizarem OSes americanos no seu hardware, tendo que se sujeitar a esta escolha bipartida, sendo que um OS livre permite-lhes uma produção de hardware com os tweeks que desejarem.

Para além disso ainda abordou o facto de a equipa do kernel ter dedicado bastante tempo a lidar com as partes de gestão de energia tornando o linux mais amigo das baterias dos nossos portáteis e semelhantes...

No final, goste-se ou não do Linus, ele é ainda dos poucos tech guys que não tem papas na língua e coloca o dedo na ferida nos problemas da tecnologia hoje em dia. A entrevista dá alguns "pointers" para coisas a estar atento no futuro próximo.

Links de 08/02/04

• LiMo chief talks rivals, Nokia, and mobile Linux | Tech News on ZDNet


• Interview with Linus Torvalds


• Lançada a Caixa Mágica 12 - Pinguins Mágicos


• Sun patrocina prémios para comunidades open source


• Slashdot | How Microsoft-Yahoo Will Affect Open Source

A Rússia do Linux...

Os países desta velha Europa começam a ver o disparate que é a fortuna que pagam por sistemas operativos proprietários (e lembre-se que não estão a comprar o software, apenas a licença de utilização) e estão finalmente a mudar para software de código aberto. Agora parece ser a vez da Rússia, que depois de ter olhado para o caso do professor russo que foi processado pela Microsoft por ter instalado um Windows pirateado no colégio em 200$ decidiu que até 2009 todos os computadores dos colégios russos terão instalados OS de código aberto.

Depois da França, mais um país se junta nesta migração. Os utilizadores que preferirem software proprietário, façam favor de o pagar dos seus bolsos. Os estados, muito bem, devem fornecer software livre, de livre acesso a todos...



A versão a desenvolver para as escolas Russas é derivada do famoso Ubuntu e deve estar concluída até 2009...

O que a compra do Yahoo significa para o Open Source?

Aparentemente a Microsoft prepara-se apra comprar o Yahoo numa tentativa de entrar no mercado da publicidade online e concorrer directamente com o Google. Ora, para além preocupação que possa existir relativamente a alguns serviços que o Yahoo tem de momento como o Flickr, delicious ou o Pipes... há algo ainda mais importante que é preciso acautelar. Apesar de grande, o yahoo tem tradição de apoiar projectos Open Source, quer com patrocínios, quer dedicando internamente developers para o seu desenvolvimento. Muito dos exemplos podem ser encontrados na página developer.yahoo.com

Com esta aquisição não será de esperar que a Microsoft com a sua tradicional posição em relação ao Open Source continue a manter a estratégia do Yahoo pelo que esta compra poderá ditar o fim de alguns destes projectos. Para além disso, em qualquer aquisição normalmente há despedimentos (coisa que o Yahoo já fazia sozinho...) e portanto os primeiros a sair serão provavelmente estes dos projectos OpenSource... Mas vamos aguardar para ver.

Linux nas notícias...

(ou como fazer um post sem ter tempo para pensar no assunto)

Linus Torvalds anunciou que o Linux está a dar passos largos no problema do gestão de energia... (Ainda bem, digo eu)

Já há data para o KDE4.1... que no caso corresponde efectivamente a um KDE 4.0 porque o actual é mais algo do tipo KDE 3.99_beta2-a2-quasefinal

A Asus ainda não vende o Eee PC por cá... mas já anuncia mais tralha baseada em Linux. Ora senhores da Asus, que tal venderem cá o EeePC em vez de andarem só a anunciar que vão fazer. É que honestamente eu gostava de ter um Eee... com teclado nacional... comprado em Portugal... (Aliás, penso que por cá este aparelho podia vender que nem ginjas...)

E para já é só... que agora tenho mais que fazer...

Trolletch & Nokia

Não falei deste assunto antes porque não percebi bem como reagir. Por um lado a comunidade concordou, por outro ficou apreensiva, por outro está contra... mas a verdade é que a aquisição da Trolltech pela Nokia vai afectar o mundo do Qt e naturalmente tudo o que gravita em torno dele. O KDE vai ser afectado naturalmente. É ilusão da comunidade pensar que não... mas mais importante pode ser o impacto noutras áreas, nomeadamente nos projectos móveis em que a Trolltech está envolvida.

Esta aquisição a meu ver pode ser boa ou má, depende do compromisso que os intervenientes assumirem daqui para a frente. Resta esperar para ver....

Mandriva 2008.1 Beta 1

As designações das distros são muito engraçadas...

Bem, vamos mas é ao que importa. Quem quiser experimentar o KDE 4.0 ( eu ando a falar muito dele utlimamente... ) pode experimentar este pre-relesase da Mandriva... Para utilizar o KDE 4 convêm dar uma vista de olhos à wiki da Mandriva.

O download pode ser feito a partir dos mirrors da Mandriva.

Yahoo! Answers rejeita Open Source...

E o Yahoo vai pelo cano... porque agora decidiu que sugerir a utilização de Linux ou no caso Ubuntu em resposta a alguém que pediu ajuda no serviço Yahoo Answers é uma violação dos termos de serviço.

Medo, muito medo. Deitado na mesma cama que a Microsoft, o ex-quase-moribundo-nunca-mais-ganho-ao-google motor de busca mostrou que o Linux está a moer o juizo dos directores destas empresas. Mas talvez a culpa do Vista não estar a vender como devia seja dos piratas e não do linux...

Mas talvez o serviço mude de nome um destes dias e passe de
"Yahoo! Answers" a "Yahoo! Balmer".

FlyBack: Time machine para Linux

Muito se tem falado ultimamente de uma funcionalidade do novo sistema operativo da apple chamada Time Machine. No fundo não passa de uma interface interessante para um sistema de backups incrementais utilizando o rsync e hard-links.



Ora para linux há agora uma ferramenta gráfica que pretende imitar o comportamento do Time Machine. Chama-se FlyBack e a interface gráfica foi escrita em python e permite fazer backups automáticos e incrementais do nosso disco.

As instruções de como instalar e como correr a aplicação podem ser encontradas no site do projecto FlyBack no Google Code.

Trolltech adopta GPL 3 para o Qt

A Trolltech, companhia por detrás do KDE, anunciou na KDE Developer Conference, que o Qt, o toolkit de desenvolvimento de aplicações, seria disponibilizado sob a nova GPL 3.

Richard Stallman, o fundador do GNU, disse logo que estava muito contente com a decisão da Trolltech. Pudera! Isto poderá ter bastantes impactos no desenvolvimento futuro do Qt e principalmente do KDE, agora que a versão 4.0 está na rua, levando a que cada vez mais aplicações optem também pela GPL 3... o que é sempre positivo.

Ubuntu lança aulas para o Desktop...

Não utilizar linux porque é difícil começa agora a ser mais complicado. A equipa do Ubuntu anunciou e disponibilizou um conjunto de aulas, sim leu bem Aulas, para quem quiser aprender a tirar o máximo partido do Desktop Ubuntu 7.10 O pequeno curso vem dividido em 10 aulas modulares que cobrem diversos tópicos. Podem ser tomadas sequencialmente ou então ao gosto de cada um. Os módulos vão desde a introdução do Desktop Ubuntu até ao particionamento e arranque do Sistema Operativo, passando por utilização de fotografias, vídeo e música.

O curso está preparado para ser feito em 2 dias e está disponível em duas versões: Uma para o aluno e outra para o professor. Assim, se até agora tinha um pouco de medo de se aventurar no mundo linux, pode aproveitar este curso para largar os medos e mudar-se de vez para o mundo do linux.

Marcas começam a pensar Linux

Primeiro foi a Dell a lançar uma linha com Linux, depois foi o Walmart nos EUA a lançar uma linha que voou das prateleiras. Agora é a vez da Lenovo anunciar modelos com Linux e também a Acer com alguns modelos pré-instalados com Ubuntu. Isto para além do mercado dos Asus EeePC (ainda sem datas para Portugal).

O ano de 2008 promete ser muito interessante, com o surgimento de várias alternativas onde comprar um computador pré-instalado com linux evitando assim pagar o preço de um sistema operativo que se vai desinstalar...

Editores de Texto para linux

Flipping the Linux switch: Text editors for new users: "What are the first three applications you think of when someone mentions text editors?"

O pessoal do Downlaod Squad fez uma complilação de editores de texto para linux. Se está a pensar que o mundo se resume a Vi contra Emacs... engana-se...

(Via Download Squad.)

K Desktop Environment - KDE 4.0 Released

K Desktop Environment - KDE 4.0 Released: "The KDE Community is thrilled to announce the immediate availability of KDE 4.0. This significant release marks both the end of the long and intensive development cycle leading up to KDE 4.0 and the beginning of the KDE 4 era."

Já era esperado mas agora está oficialmente lançado o KDE, versão 4.0. E como prometido há algum tempo a mim mesmo é altura de voltar a experimentar o KDE a sério. Pessoalmente sou um utilizador do Gnome, ou em máquinas antigas fluxbox, mas já utilizei KDE há muito, muito tempo. Agora é contudo a altura de tentar voltar a viver com ele. Mais não seja para me obrigar a perceber os seus pontos fortes e fracos.

Para já a melhor forma de lhe deitar as mãos, se não quiser sujar as mesmas compilando, é agarrar num Live CD do Kubuntu com KDE 4 e experimentar... Já está disponível.

CES: Rival da Asus Eee lança CloudBook

CES: Asus Eee rival emerges in Everex CloudBook UMPC

O mercado dos pequeninos portáteis com linux instalado foi revolucionado com a Asus ao lançar o Eee (Quando é que estará à venda em Portugal? ) de tal forma que agora outros estão a começar a seguir a tendência para comer parte do bolo. A Everex lançou um modelo de 7" de ecrã com Ubuntu pré-instalado e com um disco rígido tradicional (30Gb) em vez da memória flash. Para além disto o peso deverá ser inferior a 1kg (700g mais ou menos) e o processador será um mais rápido Via a 1.2GHz...

Quanto a preços... o valor anunciado ronda os 400$ o que não quer dizer nada quando se tiver que importar para a Europa porque nunca se percebe como é que os câmbios são feitos. Mas mais um concorrente de peso nesta categoria é bem vinda e poderá acelerar ainda mais o lançamento do Eee2 por parte da Asus que se espera vir a ter um ecrã maior entre outras coisas.... Bons tempos se avizinham.

FlightGear 1.0.0

O simulador de voo livre (o software, não o voo) atingiu finalmente a maioridade. A versão 1.0.0 está disponível para download. Agora é fazer download, colocar os flaps no máximo, o throttle a 100% e largar os travões...

FlightGear

Linux 2008?

Agora que o ano está a começar quais são as vossas previsões para o planeta linux 2008?

O que acham que vai acontecer ou o que é que desejam efectivamente para vocês neste ano, que tenha a ver com linux?

Por aqui o meu grande desejo em termos de linux chama-se Asus Eee PC...